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AI-First Companies: o que são, como estão sendo construídas e o que nos dizem sobre o mercado?

Publicado por: Pedro Machado

Em: 28/07/2025

Um relatório da McKinsey revelou que 78% das empresas já utilizam IA em pelo menos uma de suas operações, aumento relevante frente aos 72% registrados em 2024. Mas adotar inteligência artificial em partes do negócio é diferente de ser, de fato, uma AI-First Company.

Essa abordagem vai muito além de “automatizar” tarefas. Significa construir toda a operação, desde produtos até decisões estratégicas, tendo a IA como núcleo que orienta e conecta todas as etapas.

Neste artigo, vamos explicar o que são as AI-First Companies, como estão nascendo, quais mudanças exigem na prática e o que esse modelo diz sobre o futuro do mercado. 

Continue lendo e descubra como esse tema pode inspirar empresas de qualquer porte!

AI-First Companies: mais do que usar IA, é nascer com ela

Para começar, vale diferenciar: empresas tradicionais usam inteligência artificial para resolver tarefas específicas. Já as AI-First Companies nascem ou se reestruturam com a IA como base da operação.

Nelas, a inteligência artificial organiza dados, gera novos produtos, direciona estratégias e até define o que deve ou não ser prioridade no dia a dia.

Ou seja: a IA não é só um apoio, mas a estrutura que dá vida ao negócio.

Decisões mais inteligentes

Ao centralizar processos na IA, essas empresas conseguem reduzir tarefas repetitivas e formar times menores e mais focados.

Imagine que, em vez de várias pessoas monitorando campanhas, modelos de IA fazem ajustes automáticos conforme o comportamento dos usuários. O time, então, foca na criação de novas estratégias e soluções.

Isso reduz custos, dá mais velocidade e aumenta o impacto no mercado.

Mais colaboração técnica

Outro ponto forte das AI-First Companies é a diminuição de etapas burocráticas.

Elas apostam em núcleos técnicos autônomos, formados por engenheiros, designers e cientistas de dados. Com isso, as equipes testam ideias, ajustam modelos e tomam decisões rapidamente, sem depender de longas aprovações internas.

Como essas empresas estão surgindo (e crescendo rápido)?

A popularização de ferramentas avançadas de inteligência artificial, como modelos de linguagem e plataformas de automação, tornou possível criar produtos completos com equipes muito menores.

Essa nova realidade tem permitido que startups e empresas alcancem marcos financeiros importantes com investimentos significativamente reduzidos em comparação ao passado.

Esse aumento na eficiência ocorre porque grande parte do trabalho técnico e operacional pode ser acelerada ou até mesmo realizada diretamente pela IA, permitindo ciclos de desenvolvimento mais rápidos e custos menores.

Ciclos de inovação mais curtos

Nas AI-First Companies, ideias saem do papel e são testadas em poucas horas ou dias.

A IA permite gerar várias versões de um mesmo produto ou experiência, acompanhar dados em tempo real e identificar o que funciona melhor. O que traz resultado vira padrão; o que não performa é ajustado ou descartado rapidamente.

Essa agilidade é uma grande vantagem competitiva.

O que o mercado busca em quem quer atuar nesse modelo?

Empresas que nascem AI-First ou se transformam nesse modelo buscam profissionais com perfis cada vez mais técnicos e colaborativos, por exemplo:

  • Capacidade de ler e interpretar dados de forma crítica;

  • Conhecimento prático de APIs e pipelines;

  • Facilidade para trabalhar em conjunto com engenheiros e cientistas de dados;

  • Entendimento do ciclo completo de modelos de IA: treinamento, validação, aplicação e ajustes contínuos.

Mais do que dominar ferramentas, essas empresas valorizam curiosidade, capacidade de adaptação e interesse genuíno por tecnologia.

Desafios e oportunidades para as AI-First Companies

Apesar do enorme potencial das AI-First Companies, esse modelo enfrenta alguns obstáculos importantes.

Um dos principais desafios globais é a escassez de profissionais qualificados em inteligência artificial, o que dificulta a expansão rápida e eficiente dessas organizações.

No Brasil, muitas empresas reconhecem a importância da IA para seus negócios, mas ainda enfrentam dificuldades para implementar soluções estruturadas. Entre os principais entraves estão as limitações na infraestrutura tecnológica, altos custos de implantação e a falta de especialistas capacitados.

Superar esses desafios é fundamental para que as AI-First Companies possam continuar crescendo e inovando, consolidando seu papel de destaque no mercado.

Lançar é mais fácil, reter é mais difícil

Outro ponto importante: se por um lado criar novos produtos ficou mais rápido, por outro manter clientes engajados virou o maior desafio.

Num mercado onde qualquer empresa consegue lançar soluções rapidamente, a diferença está em quem consegue evoluir constantemente e oferecer valor real.

O CEO da OpenAI, Sam Altman, inclusive prevê que logo veremos uma startup bilionária criada por apenas uma pessoa: um sinal claro de como o cenário mudou.

Indicativos da transformação com IA

A adoção da inteligência artificial está crescendo rapidamente em diversos setores. Grandes empresas vêm incorporando a IA para suportar decisões estratégicas, embora ainda estejam em estágios variados de maturidade.

O mercado de trabalho relacionado à IA tem demonstrado uma expansão acelerada, refletindo a crescente demanda por profissionais capacitados na área.

Além disso, setores tradicionalmente menos tecnológicos também estão começando a integrar soluções de IA, ampliando o impacto dessa tecnologia para além da indústria digital.

Esses sinais apontam para uma transformação profunda na forma como as organizações operam, com a inteligência artificial ganhando cada vez mais espaço no cotidiano dos negócios.

Por que isso importa para todo o mercado?

As AI-First Companies mostram que não basta incluir inteligência artificial em alguns setores.

Elas provam que integrar IA desde a concepção do produto até a tomada de decisões estratégicas gera ganhos reais: mais agilidade, menores custos e maior capacidade de competir globalmente.

Esse modelo desafia empresas tradicionais, impulsiona startups a crescerem mais rápido e cria demanda por novos perfis profissionais.

Quem entende isso primeiro, sai à frente.

Conclusão

As AI-First Companies não representam só uma mudança de tecnologia: são uma mudança na forma de pensar, planejar e operar um negócio.

Com equipes menores, processos automatizados e ciclos de teste acelerados, essas empresas estão conquistando espaço, mesmo enfrentando desafios como falta de profissionais e necessidade constante de inovação para manter clientes fiéis.

Se você quer acompanhar essa transformação e entender mais sobre tendências que estão impactando o mercado, continue lendo os conteúdos do blog da Inffus e siga nossos perfis nas redes sociais.

E não deixe de explorar outros artigos, como:

“Como funciona o consumo de tokens da OpenAI pelo ChatGPT?”

 

“Meta Andromeda: tudo sobre a nova IA para anúncios”

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