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SEO e GEO: entenda como as duas estratégias se complementam na era da inteligência artificial

Publicado por: Pedro Machado

Em: 11/08/2025

A transformação digital nunca foi tão profunda quanto agora. Com a ascensão das inteligências artificiais generativas, o comportamento dos usuários está mudando, e com ele, as estratégias de pesquisa e visibilidade online.

Nesse novo cenário, surge uma nova frente para caminhar ao lado do SEO: o GEO.

A primeira é velha conhecida do marketing digital. Já a segunda, mais recente, vem ganhando espaço rapidamente nas discussões sobre presença digital. Mas afinal, o que muda com a chegada do GEO? Ele substitui o SEO? Como esses dois conceitos se conectam?

Neste artigo, vamos explicar o que é cada um, como funcionam, e por que SEO e GEO são mais complementares do que concorrentes. 

Se você quer que sua marca continue sendo encontrada, com ou sem clique,  este conteúdo é para você.

O que é SEO e por que ele continua indispensável?

A sigla SEO vem de Search Engine Optimization, um conjunto de práticas voltadas para melhorar o posicionamento de páginas nos mecanismos de busca, como Google e Bing.

Mais do que uma técnica, o SEO tornou-se um pilar estratégico para empresas que desejam atrair tráfego qualificado, melhorar a experiência do usuário e se posicionar como autoridade no mercado.

Ao longo dos anos, o SEO evoluiu muito. Hoje, ele abrange otimizações técnicas (como tempo de carregamento, estrutura de código e mobile first), uso de palavras-chave estratégicas, backlinks de qualidade e conteúdo relevante.

O que permanece igual, no entanto, é o seu objetivo central: fazer com que o seu conteúdo seja encontrado e valorizado por mecanismos de busca tradicionais.

E é justamente esse histórico de solidez e estrutura que torna o SEO tão importante no surgimento do GEO.

GEO: a resposta da IA às novas formas de buscar

Enquanto o SEO se concentra em rankear sites nas páginas de busca, o GEO (sigla para Generative Engine Optimization) nasce para atender a uma nova realidade: a de mecanismos de busca baseados em inteligência artificial generativa.

Ferramentas como ChatGPT, Gemini, Perplexity e You.com não exibem uma lista de links. Elas entregam respostas. E essas respostas são construídas a partir de conteúdos que elas interpretam como confiáveis, bem estruturados e semanticamente ricos.

O GEO, portanto, é o conjunto de práticas que visa otimizar o seu conteúdo para que ele seja referenciado nas respostas geradas por esses mecanismos de IA. Isso exige uma abordagem diferente, mais contextual, com maior profundidade e pensada para ser lida e interpretada por modelos de linguagem.

Ou seja, enquanto o SEO foca no clique, o GEO foca na citação e referência dentro da resposta gerada.

SEO e GEO: diferentes abordagens, objetivos complementares

À primeira vista, pode parecer que SEO e GEO competem entre si. Mas a verdade é o oposto.

O SEO continua sendo fundamental para atrair tráfego qualificado e aparecer nos mecanismos de busca tradicionais. Já o GEO surge como uma extensão estratégica: ele garante que o seu conteúdo também esteja presente nas respostas entregues pelas IAs generativas.

É como se o SEO abrisse a porta e o GEO colocasse a sua marca no centro da conversa.

Marcas que desejam se manter relevantes em ambos os ambientes, no tradicional e no generativo, precisarão dominar essas duas frentes. E o melhor: uma fortalece a outra.

Como aplicar SEO e GEO de forma integrada

Antes de mais nada, é importante entender que não existe GEO sem uma base sólida de SEO. Os motores de IA se alimentam de conteúdo disponível na web. E é o SEO que garante que esse conteúdo seja rastreável, legível e confiável.

Mas há práticas específicas que potencializam sua presença nas respostas geradas por IA. A seguir, veja como unir SEO e GEO de forma estratégica.

Produza conteúdo profundo e confiável

As IAs generativas dão preferência a conteúdos bem fundamentados, com dados reais, explicações completas e uma estrutura lógica clara. Isso significa investir em artigos que explorem os assuntos em profundidade, com introduções contextuais, exemplos práticos e linguagem natural.

Use marcações semânticas

Além de bem escrito, seu conteúdo precisa ser interpretável por máquinas. Aqui entram as boas práticas do SEO técnico, como uso correto de heading tags (H1, H2, H3), dados estruturados (Schema.org), listas e até citações explícitas de fontes confiáveis.

Aposte na clareza e na escaneabilidade

Tanto o Google quanto as IAs valorizam conteúdos que podem ser lidos rapidamente, com seções bem divididas, frases curtas e uso inteligente de conectivos. SEO e GEO compartilham essa característica.

Responda a perguntas de forma objetiva

Se você quer ser citado por uma IA, responda a perguntas reais de forma direta e completa. Use subtítulos que reflitam dúvidas do público e entregue a resposta já nas primeiras linhas do tópico.

O papel das fontes e da autoridade no GEO

Um aspecto central no GEO é a construção de autoridade. As IAs tendem a preferir conteúdos publicados por fontes reconhecidas, sites com bom histórico de publicações e presença consistente em temas específicos.

Isso significa que não basta criar um ótimo artigo sobre SEO e GEO: sua marca precisa ser reconhecida como uma referência no assunto. E isso é conquistado com consistência editorial, backlinks de qualidade, menções externas e engajamento legítimo.

Quanto maior a confiança da IA em seu conteúdo, maior a chance de ela citá-lo em uma resposta.

Como medir resultados em estratégias de GEO?

Diferentemente do SEO, que é mensurável por meio de ferramentas como Google Search Console, SEMrush ou Ahrefs, o GEO ainda está em processo de estruturação.

Mas já é possível:

  • Monitorar menções ao seu domínio em ferramentas como Perplexity e ChatGPT Plugins;

  • Analisar citações em resumos de IA generativa (em respostas diretas, não pagas);

  • Acompanhar a performance de snippets e dados estruturados (que são utilizados pelas IAs);

  • Observar o aumento de tráfego indireto ou de marca, mesmo sem cliques diretos nos resultados tradicionais.

À medida que o GEO amadurece, novas métricas surgirão. Mas desde já, é possível perceber seus efeitos quando a presença da sua marca ultrapassa a necessidade de cliques e se transforma em referência confiável no discurso digital.

Conclusão

A transformação trazida pela inteligência artificial não elimina o SEO, e sim o expande. O surgimento do GEO (Generative Engine Optimization) não deve ser encarado como uma ruptura, mas como uma evolução natural das estratégias de presença digital.

O que antes era uma corrida pelo primeiro lugar no Google agora também envolve ser citado pelas inteligências artificiais que entregam respostas prontas aos usuários. E nessa nova lógica, quem une SEO e GEO com inteligência sai na frente.

Portanto, se você quer que a sua marca continue relevante em 2025 (e além), é hora de agir. Estruture bem seus conteúdos, escreva com profundidade, aplique as técnicas certas e prepare-se para ser encontrado, mesmo quando não houver cliques.

 

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